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  • Foto do escritorElis Borsoi

A visão sistêmica com relação ao vídeo da Volkswagen com Elis Regina e Maria Rita



Apesar da polêmica nas redes sociais com relação ao vídeo de comemoração dos 70 anos da Volksvagen, como já faz muito tempo que penso em escrever sobre a letra da música “Como nossos pais” composta por Belchior e gravada pela inesquecível Elis Regina, percebi que é o momento. Importante destacar que não levei em consideração os fatos publicados e que respeito a opinião das pessoas que os escreveram.


Levando como base a visão/pensamento sistêmico de Bert Hellinger, bem como após assistir ao vídeo da Volkswagem, coloco abaixo minhas reflexões e percepções com relação a alguns trechos dessa música:


“Minha dor é perceber


Que apesar de termos


Feito tudo o que fizemos


Ainda somos os mesmos


E vivemos


Ainda somos os mesmos


E vivemos


Como os nossos pais”.


Por mais que neguemos não ser parecidos com nossos pais, é importante pensarmos que temos conosco a luz e também as sombras deles. A luz vem no sentido de receber a vida como algo maior, os comportamentos e os valores positivos que herdamos deles. Quando uma mãe “dá a luz” a um(a) filho(a) ela está concebendo o fruto da junção dela com o pai (50% de cada um), ou seja, um filho(a) é formado(a) por um óvulo e por um espermatozóide que juntos somam os 100% da vida.


A sombra é aquilo que negamos e, na maioria das vezes, obscura e desconhecida, é o que desconhecemos e está guardado no inconsciente. É negada com o objetivo da proteção e para que nos sintamos pertencentes ao nosso sistema familiar. É a repetição de padrões de comportamentos automáticos como: insucesso profissional e/ou financeiro, dificuldades na maternidade, dificuldade de amar em sua plenitude, dificuldade nas relações afetivas, etc.


Segundo Bert Hellinger, “O sucesso tem a face da mãe”, pois o primeiro êxito que temos na vida é quando nascemos, pois, após o parto, deixamos de respirar pelo cordão umbilical de forma passiva e passamos a respirar pelos pulmões de uma maneira ativa. Acontece assim, um grande movimento, pois iniciamos a vida fora da proteção do útero materno que é seguro, confortável e quente.


Os adultos buscam ter sucesso na realização de objetivos em vários aspectos da vida, como trabalho, vida social e relacionamentos familiares/afetivos. Segundo esta perspectiva sistêmica, quando não tomamos a mãe, ou seja, quando não tomamos a força da nossa mãe e da nossa ancestralidade materna, continuamos presos aos emaranhamentos deste sistema familiar e temos dificuldades em ter sucesso naquilo que almejamos conquistar.


Nesta parte da música:


“Você pode até dizer

Que eu tô por fora Ou então que eu tô inventando

Mas é você que ama o passado E que não vê

É você que ama o passado E que não vê Que o novo sempre vem”.


Quando um(a) filho(a) alimenta as dores e o sofrimento do passado e não consegue tomar (receber) os pais em sua totalidade e plenitude, está vivendo no julgamento. Neste momento é necessário pensar que eles fizeram o que podiam com a consciência que tinham no momento que criaram seus filhos. Provavelmente repetiram comportamentos dos pais deles e de suas linhagens materna e paterna.


Quando este(a) filho(a) olha para o novo, aceita os pais como são e faz diferente deles no sentido de não repetir os comportamentos doentios, continua pertencendo ao seu sistema familiar, mas agora de uma maneira mais consciente e enxergando com novas lentes. Olha para o passado apenas para tomar a força das gerações anteriores e depois olha para o futuro para agir de acordo com suas próprias escolhas.


No final do vídeo há a seguinte frase da Volks:


“Volkswagem, sucesso que passa de geração em geração”.


Senti durante o vídeo alegria e plenitude e um encontro lindo de alma entre mãe (Elis Regina) e filha (Maria Rita) que a Inteligência Artificial pôde proporcionar juntamente com essa bela música interpretada por essas duas talentosas e bem-sucedidas cantoras da música brasileira, independente de estarem vivas ou não.


Numa Constelação Familiar acontece o mesmo, vivos e mortos são tratados como iguais, pois ambos influenciam a vida em um sistema familiar. A fala sistêmica abaixo de Bert Hellinger é uma das que utilizo quando a pessoa que está sendo constelada necessita tomar e receber sua mãe com amor consciente na sua totalidade.


Agradecimento ao Despertar da Vida”:


“Querida mamãe, eu tomo a vida de você, tudo, a totalidade, com tudo o que ela envolve, e pelo preço total que custou a você e que custa a mim.


Vou fazer algo dela, para a sua alegria.


Que não tenha sido em vão! Eu a mantenho e honro e a transmitirei, se me for permitido, como você fez.


Eu tomo você como minha mãe e você pode ter-me como seu (sua) filho (a).


Você é a mãe certa para mim e eu o (a) filho (a) certo (a) para você.


Você é a grande, e eu sou o (a) pequeno (a).


Você dá, eu tomo – querida mamãe.


Eu me alegro porque você tomou meu pai.


Vocês dois são os certos para mim.


Só vocês!”.


(Bert Hellinger, livro A Cura).


Espero ter conseguido despertar no seu coração mais um pouco do pensamento sistêmico que tanto me encanta e, quem sabe, vivenciar em breve sua Constelação Familiar.


Para agendar sua Constelação online comigo, por favor envie mensagem no meu whatsapp.


Para ler mais textos que escrevi sobre Constelação Familiar e a visão sistêmica, acesse meu Blog e a minha coluna no Portal 40eMais.


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